Comitiva gaúcha na Feira ONS é recebida pelo embaixador do Brasil na Noruega

       

Os 12 empreendedores fazem parte do Programa Qualimundi, desenvolvido pelo SEBRAE/RS com o objetivo de inseri-las no processo de internacionalização

  Diretor de Administração e Finanças do SEBRAE/RS (terceiro à esq.) lidera o grupo na Noruega (Foto: SEBRAE/RS)   Porto Alegre – A participação da comitiva de 12 MPEs gaúchas na Feira ONS (Offshore Northern Seas), na Noruega, trouxe na bagagem muita troca de experiências e futuras oportunidades de negócio. Além de participar de visitas que mostraram o que há de mais moderno no segmento de petróleo e gás, os empresários tiveram a oportunidade de mostrar seus produtos para empresas do ramo. O grupo integra o Programa Qualimundi, desenvolvido pelo SEBRAE/RS.     O objetivo do programa é preparar as MPEs para o processo de internacionalização de seus negócios, aumentando, assim, sua competitividade, objetivo que, segundo Estevão Odone Leuck, da Leuck, foi alcançado de forma muito satisfatória. “As etapas do programa foram muito intensas, mas valeu a pena. Nós queríamos apresentar nosso produto de forma diferenciada. Para isso, montamos um material impresso que continha informações da nossa empresa e de aspectos econômicos do Rio Grande do Sul, editados também em inglês. Isso nos abriu portas”, explica.         A empresa, que oferece produtos para aplicações hidráulicas, pneumáticas e instrumentação, levou para o evento o Castor, um tipo de reparo para o rompimento de mangueiras hidráulicas. Considerado inovador, o produto foi desenvolvido durante dois anos por meio do edital Inova RS, iniciativa do SEBRAE/RS, e despertou o interesse de diversas empresas durante o evento. As principais características são aumentar o tempo útil do equipamento, evitando a substituição integral do componente rompido, possibilitando o reparo sem a retirada da mangueira, o que economiza tempo e dinheiro. “Temos negociações avançadas com duas empresas, uma que fabrica e aluga equipamentos de reparo e outra que faz manutenção em plataformas oceânicas. Com esses contratos, estimamos movimentar 1 milhão de euros em 2015”, afirmou Leuck. “O próximo passo é adequar o produto a partir de normas específicas e, assim, conseguir a certificação”, explicou.   Para a empresa Arbra Engenharia Industrial, especializada no desenvolvimento de soluções integradas em engenharia mecânica e de materiais para o setor de petróleo e gás, participar da feira possibilitou contatos valiosos para o futuro. Conforme explica o diretor executivo, Leandro Vanz de Andrade, “trabalhamos bastante com o SEBRAE/RS pra organizamos um material de apresentação e para encontrarmos as empresas certas. Fizemos agenda com quatro interessadas”, conta. Criada em 2007 na incubadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Arbra levou para a feira uma linha de reparo de dutos, que podem ser tanto em terra quanto off shore, ou seja, no mar. “As empresas que contatamos trabalham com ferramentas submarinas para reparo e inspeção. Foi muito importante fazer esses contatos porque, num futuro próximo, poderemos criar representações e, também, aprimorar a nossa tecnologia”, acrescentou. A coordenadora de Internacionalização do SEBRAE/RS, Márcia Thier, ressalta que a cadeia de petróleo e gás é imensa e oferece espaço para as mais diversas empresas. “É um mundo envolvido com o setor, com oportunidades para todas empresas participantes do Qualimundi, por isso, quando fizemos o trabalho com os empresários dessa missão, tínhamos como objetivo que eles percebessem essas oportunidades', disse.   O gestor da cadeia de Petróleo e Gás no Estado, Guilherme Menezes, enfatiza que 'a participação dessas empresas como delegação, envolvendo o apoio de diversas entidades do Brasil, é importante para os empresários. Eles tiveram uma grande troca de experiências. É importante ressaltar que se trata de uma missão tecnológica, portanto, os negócios que ainda irão surgir serão consequência. Acabamos de fechar seis meses de Qualimundi e, no próximo um ano e meio, vamos dar todo o suporte necessário para que as empresas sigam aprimorando seus produtos e processos ligados à internacionalização, inclusive, auxiliar nos contatos que forem realizados em virtude da feira', finaliza.   A cidade de Stavanger é um importante centro para o desenvolvimento técnico e de pesquisa relacionado a petróleo. A Feira ONS ocorre desde 1974, a cada dois anos, na mesma cidade, e atrai mais de 1.250 expositores e quase 60 mil visitantes de todo o mundo, em 33 mil metros quadrados.